
Tipos de casacos para nos aquecer naqueles dias frios
Tudo bem que os fiscais do frio não acreditem que 25ºC são capazes de motivar o nordestino a tirar seus casacos do armário, mas fato é que a gente tira. E quem não tira, porque não tem, também não pode passar frio. E nem você, que enche o peito pra dizer que é no Sul que faz frio, não pode ficar descoberto quando as temperaturas ficam próximas de zero. O que eu quero dizer com todo esse sarcasmo?! Temos disponíveis algumas opções de casaquinhos – alguns não tão inhos assim – para nos aquecer nos dias mais frios. Tome nota!
Doudoune
Caracterizado por: é jaqueta de náilon forrada de pluma de ganso ou material sintético, segundo a especialista Glória Khalil.
É o querido dessa temporada de outono/inverno, carinhosamente referenciado ao edredom que nos força a perder a hora nas manhãs mais frias. É apropriada a temperaturas mais rigorosas, porque protege do vento e do frio. Por ser mais volumosa (embora diga-se que não pesada), é bacana usá-la com peças de baixo mais justinhas, pra equilibrar o visual. Substituir a calça skinny, por exemplo, pela meia-calça torna a composição bem atual. Há quem diga que dá para usar esse modelo em diferentes ocasiões, então não precisa ter medo, ok?

Moletom
Caracterizado por: é um tipo de tecido macio, feito de algodão ou lã.
É um clássico americano criado inicialmente com capuz pela marca Champion nos anos 1930 para proteger trabalhadores do vento e do frio, segundo uma reportagem do Vice. O hoodie, como foi batizado, ganhou status cool desde quando as marcas de moda aderiram ao street wear e à cultura hip hop. Hoje você encontra diferentes modelos, estampas e cores de moletons para te proteger do frio. O mais legal de ter essa peça é poder combiná-la de modo a compor estilos distintos: uma saia mídi evasê com sapatilha fica bem menininha, uma bota pesada e calça jeans destroyed deixam o look mais agressivo; jeans skinny de lavagem escura e mocassim fazem com que o moletom perca o ar preguicinha que ele transmite.
Trench
Caracterizado por: inspirado numa peça militar, tem comprimento mídi, mangas longas, pode ser fechado por botões ou faixa, é acinturado e protege das intempéries
A peça criada por Thomas Buberry em 1914 para oficiais britânicos é uma daquelas que ultrapassam as barreiras do utilitário. Não é muito comum ver essa peça na região Nordeste do Brasil (acho que nem no próprio país), mas a conhecemos bem de filmes americanos. E se um dia precisarmos usá-la, já dá pra pegar algumas inspirações daí: dá pra usar aberto ou fechado, geralmente é um sobretudo que arremata a nossa proteção contra o frio, é adequado para ocasiões formais e informais. Uma dica é usar o trench fechado, como um vestido mesmo, por cima apenas de uma legging ou meia-calça, se aguentar.
Jaqueta
Caracterizado por: mangas longas, comprimento pode ser até a cintura ou descer um pouco mais; geralmente é fechada por botões e costuma vir em jeans
Essencialmente utilitário, o jeans hoje tem status de estilo e modernidade, sem perder de vista a praticidade. O mesmo acontece com as jaquetas, antes associdas ao trabalho árduo (fazendeiros, ferroviários e mineradores), mas imortalizada na imagem do cowboy. A peça ganhou popularidade na segunda metade do século XX, segundo o site Só Queria Ter Um, quando foi adotada por artistas, intelectuais, estrelas do rock e punks. Se usados os modelos com colarinho amplo, faz referência aos Dândis, os homens considerados mais estilosos da história da moda, e deixa a produção marcante. Se usar fechada e acinturada, lembra a Era Vitoriana – e para não restar dúvidas desse visual clássico, vale arrematar com saia rodada. Mas se você optar por usar a jaqueta aberta, combinada com estampas coloridas, a referência vai ser ao exótico do início do século XX. Miçangas, brincos longos e sandália rasteira de tiras finas completam o visual. Você ganha um visual rocker com a jaqueta de couro, mais comumente utilizada à noite, mas o contraste com peças mais suaves pode levá-la ao look do dia.
Cardigã
Caracterizado por: feito de lã leve, tem decote em V e botões
Conta-se que o cardigã é fruto de uma insatisfação do militar James Thomas Brudenell, conhecido também como Lorde James Cardigan, durante a Guerra da Crimeia (1853-1856). A peça na época era um paletó militar de malha lã penteada com mangas compridas, com debruns de pele ou galões abotoados na frente, segundo o Terra. Por outro lado, há quem diga que a peça é um derivado do suéter, que não tem botões. Pode ser usado aberto, como terceira peça para diferentes propostas. Uma alternativa é usá-lo fechado, como uma blusa. Se usado com saia mídi, relembra o New Look de Christian Dior, enaltecendo o feminino discreto. sapatilha ou salto gatinho com bico fino reforçam a feminilidade proposta pelo estilista logo após a 2ª Guerra.
Parka
Caracterizado por: pode ser considerada uma jaqueta no comprimento mídi, pode ter capuz, costuma ser fechada por zíper, não é justa ao corpo.
O nome tem origem na língua do povo Nenets, que vivia no que hoje é o norte da Rússia, segundo o site da Farfetch, mas a peça só veio a ser desenvolvida no século XX, para uso militar. Ela conseguia manter os soldados aquecidos em temperaturas de até -50oC, por causa do exterior feito de seda e nylon mistos, além de lã. A adoção ao cotidiano veio nos aos 1960. A parka militar, com padronagem camuflada, tem sido a queridinha do street style já há algum tempo. As variações são as peças lisas nas cores verde oliva e cáqui. Dá para usá-las em diferentes propostas, mas ganha personalidade quando combinadas a peças listradas ou em xadrez – neste último caso, garantindo um visual com referências grunge. Cores neutras podem ser uma alternativa, se você não for dada às ousadias fashionistas.

Terninho/blazer
Caracterizado por: item da alfaiataria, é fechado com botões, seu comprimento pode variar entre a altura do quadril e um pouco mais abaixo,
Essa é uma opção para quem gosta da elegância da peça clássica. O blazer, um dos itens do terno inicialmente feito para homens, tem sido uma das peças mais desconstruídas em termos de adaptabilidade. Quero dizer com isso que você pode usá-lo para se proteger das temperaturas mais baixas vestindo desde os looks mais básicos e para ocasiões mais simples até aqueles mais refinados para ocasiões mais formais. Sem contar que dá para manter a elegância no momento de lazer, trocando a calça ou saia-lápis pelo short jeans, a camisa de botão por uma blusa não tão justa ao corpo e o escarpin pelo tênis, por exemplo. Fica a seu critério.
*Uma dica: se você vai comprar um casaco novo, que tal abrir espaço no armário doando o que você já não quer mais para alguém que precise?! 😉
Veja mais:
http://chic.uol.com.br/como-usar/noticia/doudoune-pelerine-e-trench-gloria-kalil-ensina-a-usar-as-tres-principais-pecas-do-inverno-do-frio-pesado-ao-leve
https://www.vice.com/pt_br/article/d7g9zk/a-historia-do-hoodie-moletom-com-capuz
https://www.soqueriaterum.com.br/
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/moda/cardiga-tem-nome-ligado-a-guerra-da-crimeia-entenda,b3983e359bbc4410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
https://www.farfetch.com/br/editorial/moda-feminina-parka.aspx
http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/o-terninho-classicos-da-moda/

